Dilma sanciona lei
que garante adicional de periculosidade para motoboys.
Ao sancionar a lei que
inclui o pagamento de adicional de periculosidade para mototaxistas, motoboys e
motofretistas, a presidenta Dilma Rousseff disse que a medida é justa,
necessária e um direito desses trabalhadores, que enfrentam diversos perigos e
até risco de vida.
A
lei altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e determina que os
brasileiros que usam a moto para trabalhar com o transporte de passageiros e
mercadorias recebam adicional de 30% sobre o salário. O projeto tramitou por
mais de dois anos no Congresso.
Dilma
lembra que a profissão está presente em todos os grandes centros do país, e
citou, por exemplo, o caso de mães que precisam dos serviços da categoria
durante a madrugada para receberem remédios para os filhos. A presidenta
acredita que a lei não irá gerar desempregos. “Eu duvido que o patrão, que
precisa ter um número significativo de motoboys, em uma lei que abrange todo o
Brasil, que caso não seja cumprida, criará uma ilegalidade no exercício da
atividade para o qual o motoboy é contratado, possa deixar de contratar”, disse
a presidenta.
Para
o senador Marcelo Crivella, autor do projeto de lei no Senado, a expectativa é
que os profissionais invistam o adicional em equipamentos de segurança. “[A lei
garante] a possibilidade dele poder comprar uma bota de couro, um casaco de
couro, não andar com pneu careca, ter as lanternas da motocicleta sinalizando
corretamente, condições de se aperfeiçoar.
Crivella
lembrou que os motociclistas estão entre as principais vítimas dos acidentes de
trânsito, citando que diariamente em São Paulo dois motoboys morrem e dez terão
de usar cadeira de rodas.
A
presidenta Dilma defendeu ainda a adoção de faixas exclusivas para a circulação
dos mototaxistas, motoboys e motofretistas. “Temos dever, como representantes
do Poder Público, e no meu caso como presidenta da República, zelar e tomar
todas medidas para proteger vocês. Essa medida do adicional de periculosidade é
apenas o começo”, concluiu.
De
acordo com o Sindicato dos Mensageiros, Motociclistas, Ciclistas e Mototaxistas
de São Paulo (Sindimoto-SP), a categoria tem cerca de dois milhões de
trabalhadores em todo o país.
Fonte: Agência
Brasil, por Paulo Victor Chagas, 18.06.2014
Nenhum comentário:
Postar um comentário